quinta-feira, 23 de agosto de 2007

"Thanks for the memories"

Pensei sinceramente em não escrever mais aqui, fiquei de saco cheio das lembranças que me assombram sempre que eu me sento pra escrever.
Porque a gente não pode escolher o que quer lembrar? Se pudéssemos aquelas noites de sábados sozinho em casa seriam bem mais agradáveis, poderíamos escutar o cd todo do Damien Rice ou assistir a todos os filmes da Meg Ryan sem derramar uma lágrima.
Mas nada faz com que a gente lembre mais do que não quer que uma mesa de bar,um amigo querido,alguns cigarros,incontáveis garrafas de bohemia e os clássicos da mpb tocados naquele radinho velho e mal sintonizado que o dono do bar insiste em dizer que funciona.
Acabei de ter uma noite dessas e depois de algumas risadas e muitas lágrimas acho que finalmente me convenci (ou me convenceram) que acabou. Acabou e não tenho que morrer por isso, coisas acabam todo dia, trabalhos, amizades, o leite, a coca-cola e também amores.
Não que o nosso amor tenha acabado ou que eu vá achar outro no supermercado como uma coca-cola, o que acabou foi o namoro, já o amor, acho que ele mudou e eu não percebi. Fiquei em choque com a palavra “fim” e não enxerguei mais nada, não enxerguei o carinho que ficou, a amizade imensa e todos os momentos perfeitos que vivemos juntas e porque não dizer os que ainda vamos viver.
Você é minha melhor amiga, e a pessoa que eu mais confio no mundo, aprendi muito com você, aprendi a ser eu mesma não importa o que aconteça.

Acho que o que eu realmente quero te dizer é que não escreveria a nossa estória de nenhum outro jeito (bem, talvez você não tivesse sofrido tanto no inicio), e que eu ainda te amo absurdamente, mas de uma maneira diferente e queria que você não tivesse tanto receio quando fala sobre a sua vida comigo, se você estiver feliz eu vou estar feliz, mas quando você fica assim longe eu me sinto pequena, sem voz. Quero você aqui, quem sabe até sentada em uma mesa de bar, conversando sobre nossos novos amores, pedindo mais uma cerveja para o garçom e escutando a Marina cantar “Meu amor eu lhe juro, que não quero deixá-lo na mão, e nem sozinho no escuro, mas os momentos felizes não estão escondidos, nem no passado e nem no futuro,meu amor não vai haver triteza, nada além de fim de tarde a mais”.


Polly